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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Frei Betto diz que revolução de Dilma é investir na educação

(Frei Betto também autografou livros durante a visita ao campus. Foto: Diomarcelo Pessanha)

"Somos o único continente do mundo hoje onde há esperança, onde, pela primeira vez, o povo escolhe dentro dos padrões da democracia burguesa chefes políticos progressistas". A análise otimista sobre a América do Sul na conjuntura contemporânea mundial foi um dos pontos da palestra proferida por Frei Betto, no Auditório Miguel Ramalho, que encantaram muitos dos presentes. 

O frei falou sobre Cuba, a revolução, o embargo econômico mantido há décadas pelo governo americano e sobre a difícil convivência das pessoas com um sistema socialista. "Não é fácil viver em um sistema em que tudo é compartilhado".
  
A palestra, iniciada pouco depois das 16 horas, estava inicialmente prevista para estudantes e professores da Licenciatura em Geografia, oferecida no Campus Campos Centro. Mas acabou faltando lugar para todos os interessados, um público composto por professores e alunos de diversos cursos, servidores administrativos e até aposentados da instituição.
  
Antes da palestra, ele concedeu entrevista ao jornalista Renato Wanderley, do jornal Folha da Manhã, e antecipou algumas questões que trataria na palestra da noite. Indagado sobre o desafio brasileiro com a educação, Frei Betto disse que a revolução a ser empreendida pela presidente Dilma Rousseff "é a da educação".
  
Frei Betto contou que costuma perguntar sempre a pessoas do povo, nos países que visita, quanto tempo passam as crianças nas escolas do ensino fundamental. "A resposta é sempre seis horas. No Brasil são quatro, mas é menos porque tem o recreio, o banheiro, as interrupções". Além da escola em tempo integral, ele defende que o país passe a destinar 15% do orçamento para a educação, como uma das medidas para revolucionar a área.
   
Depois das 19h30min, Frei Betto falou para um grande público acomodado em cadeiras plásticas instaladas na frente da Concha Acústica sobre o tema Movimentos Sociais e a Educação. Para o diretor geral do Campus Campos Centro, Jefferson Manhães de Azevedo, a visita e as palestras proferidas pelo religioso e escritor marcam de forma significativa o começo do ano letivo de 2011 na instituição.
  
- Ter entre nós uma pessoa com a história e comprometimento com a vida como o Frei Betto é um privilégio. Temos a convicção de que todos aqueles que partilharam das análises e vivências descritas por ele terão uma outra visão sobre a vida e isso se desdobrará em benefícios para todos - disse Jefferson.

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