A primeira reação é do Grêmio Estudantil Nilo Peçanha (GENP), representante de cerca de quatro mil alunos dos cursos Médio e Técnico do Campus Campos Centro do IF Fluminense. De segunda-feira (22/03) a esta quarta-feira, seus diretores coletaram mais de 300 assinaturas dos alunos, numa manifestação em prol da contratação de professores.
Levantamento da Diretoria do Departamento de Ensino Médio e EJA mostra que há 62 aulas descobertas no segmento atualmente. A diretora da área, Vânia Bernardo, explicou que o ano letivo foi iniciado com 177 aulas descobertas e que "hoje são 62 com o esforço de professores que arcaram com as aulas deles e as dos que faltam". A carência de professores também é sentida na Diretoria de Ensino Superior dos Cursos Superiores de Tecnologia e Bacharelados.
De acordo com a Diretoria, Aline Vasconcelos, há 23 aulas descobertas nos cursos técnicos e tecnológicos de Informática; faltam professores para a disciplina de Física, em cursos de tecnólogo. Em telecomunicações há menos aulas que o previsto em cálculo, matemática e infraestrutura.
Nas diretorias técnicas, na da área de Mecânica, Eletrotécnica, Automação e outros cursos, o diretor Helder Siqueira estima que há mais de 20 aulas descobertas. No início do ano, quatro professores se aposentaram.
No limite - Como o concurso para contratação de novos professores já foi realizado, estando os aprovados com exames médicos prontos, a demora para contratação preocupa o Diretor Geral, Jefferson Azevedo.
- Essa demora no processo de contratação de professores é insustentável. Nós já estamos há um mês e meio sem determinadas aulas e vai ficando cada vez mais difícil uma estratégia para repor um conteúdo na qualidade desejada. Nós estamos no limite da responsabilidade. Mas temos confiança. O ministro da Educação está pessoalmente empenhado, a dificuldade está se dando no Ministério do Planejamento. A informação que temos é de que na Setec isso é prioridade número um - comenta Jefferson.
A iniciativa dos estudantes com o abaixo-assinado tem apoio da direção do campus. "O que eu sugiro é que nossas comunidades pressionem, os pais dos alunos pressionem, os alunos pressionem. Estamos dando todo apoio para o movimento porque não é possível conviver com isso por mais tempo".
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