A Reitoria do IF Fluminense apresenta nesta terça-feira, às 17 horas, no Auditório Cristina Bastos, sua proposta inicial de Regimento Geral da instituição. Para o professor Jefferson Azevedo, na prática, o tempo para discussão é curto. Ele acha que há problemas também na metodologia empregada. Veja abaixo a entrevista que ele concedeu à Comunicação Social do campus nesta segunda-feira.
Comunicação Social do Campus Campos Centro - O Regimento é uma exigência legal?
Jefferson Azevedo – Toda instituição além do seu estatuto precisa ter seu regimento. Ele vai detalhar as funções que cada um de nós vai exercer, com uma configuração do instituto.
Comunicação - Por que esse documento ganha tanta importância? –
Jefferson - É muito importante que esse documento seja bem elaborado para que ele espelho o modelo de instituição em que nós acreditamos. Por isso estamos insistindo que esse debate é muito importante. As pessoas precisam estar envolvidas.
Comunicação - A idéia e fazer um alerta?
Jefferson – É o nosso papel. Estamos alertando aos estudantes, aos servidores desta casa, mas também dos outros campi que é fundamental o debate amplo e que de fato o regimento espelhe um modelo de instituição que esteja de acordo com a evolução histórica do IF Fluminense.
Comunicação - Quando a Reitoria desenvolve uma agenda de discussão do seu Regimento Geral nos campi sinaliza um perfil democrático de gestão. Ainda assim, nota-se no Campus Centro uma inquietação. O que está havendo?
Jefferson – Nós entendemos que o tempo é curto, visto que tivemos cinco semanas, sendo que a primeira delas era recesso escolar e as outras duas de início do período letivo. Normalmente estamos muito envolvidos com a questão dos horários de aulas, acolhidas aos alunos. O que nos resta são duas ou três semanas para um debate dessa magnitude.
Comunicação – O que se propõe então?
Jefferson – Agora que as pessoas estão tomando ciência da discussão e da importância desse debate. Por isso estamos solicitando que sejam pelo menos 60 dias para o debate mais amplo e a metodologia também seja diferente.
Comunicação – Como assim?
Jefferson – Apesar de parecer extremamente democrático o acesso das pessoas, porque pode-se enviar as sugestões pela internet, esse modelo primeiro: não está privilegiando o debate multicampi. As pessoas de forma individual farão suas sugestões ou no máximo um determinado campus. Mas em nenhum momento, no modelo proposto pela Reitoria, se incentiva o debate intercampi. Além disso, após as sugestões serem elaboradas pelas pessoas, pelos campi, quem irá fazer a convergência das sugestões, o filtro, será uma pessoa. Pelo menos é o que consta no cronograma proposto pela Reitoria.
Comunicação – Uma pessoa, não é uma comissão?
Jefferson – O secretário do Conselho Superior vai pegar aquilo que é convergente e divergente. Todo o trabalho estará nas mãos de uma pessoa e ela que vai apresentar as sugestões ao Conselho Superior. Não há uma volta para o debate da comunidade. O que garante que a minha sugestão foi aceita ou aprimorada? Nós entendemos que muitas questões têm similaridades e se estivéssemos numa assembléia ou reunião conjunta, questões similares poderiam ser debatidas e apresentadas numa única, muito melhor que a soma individual delas. O debate não está sendo estimulado, infelizmente.
Comunicação - Na recente reunião convocada pela direção do Campus Campos Centro para discutir o assunto, falou-se que em outros campi servidores não tinham uma ideia precisa do que estava acontecendo. Há risco de o Regimento Geral ser aprovado com pequena parcela de participação?
Jefferson – Se nós não tivéssemos fazendo esse movimento de envolvimento de outros campi correríamos esse risco. Porém, a percepção nossa é de que as comunidades estão se mobilizando, os alunos estão se mobilizando e esperamos que nesta terça-feira, na reunião com a Reitoria, tenhamos uma presença grande das pessoas. Para isso pedimos que os técnicos administrativos, professores, os estudantes compareçam ao Cristina Bastos porque é um momento impar para mostrar à Reitoria que nossos campi, em especial este campus, solicitam um outro modelo e mais tempo para o debate.
Comunicação - Na hipótese de no futuro as pessoas entenderam que ganhamos um Regimento Geral que não agrada é possível fazer uma revisão?
Jefferson – Possível é. Mas é muito mais difícil. Por isso é importante que antes da aprovação da primeira versão do regimento haja atenção. É muito mais fácil mudar aquilo que ainda não está estabelecido, que está em processo de construção do que, uma vez aprovado pelo Conselho Superior, reverter. Muitas vezes quando aprovamos um texto, a partir dele muitas decisões são tomadas. Lá na frente ele se fortalece muito. A mobilização teria de ser ainda maior para mexer.
Jefferson Azevedo – Toda instituição além do seu estatuto precisa ter seu regimento. Ele vai detalhar as funções que cada um de nós vai exercer, com uma configuração do instituto.
Comunicação - Por que esse documento ganha tanta importância? –
Jefferson - É muito importante que esse documento seja bem elaborado para que ele espelho o modelo de instituição em que nós acreditamos. Por isso estamos insistindo que esse debate é muito importante. As pessoas precisam estar envolvidas.
Comunicação - A idéia e fazer um alerta?
Jefferson – É o nosso papel. Estamos alertando aos estudantes, aos servidores desta casa, mas também dos outros campi que é fundamental o debate amplo e que de fato o regimento espelhe um modelo de instituição que esteja de acordo com a evolução histórica do IF Fluminense.
Comunicação - Quando a Reitoria desenvolve uma agenda de discussão do seu Regimento Geral nos campi sinaliza um perfil democrático de gestão. Ainda assim, nota-se no Campus Centro uma inquietação. O que está havendo?
Jefferson – Nós entendemos que o tempo é curto, visto que tivemos cinco semanas, sendo que a primeira delas era recesso escolar e as outras duas de início do período letivo. Normalmente estamos muito envolvidos com a questão dos horários de aulas, acolhidas aos alunos. O que nos resta são duas ou três semanas para um debate dessa magnitude.
Comunicação – O que se propõe então?
Jefferson – Agora que as pessoas estão tomando ciência da discussão e da importância desse debate. Por isso estamos solicitando que sejam pelo menos 60 dias para o debate mais amplo e a metodologia também seja diferente.
Comunicação – Como assim?
Jefferson – Apesar de parecer extremamente democrático o acesso das pessoas, porque pode-se enviar as sugestões pela internet, esse modelo primeiro: não está privilegiando o debate multicampi. As pessoas de forma individual farão suas sugestões ou no máximo um determinado campus. Mas em nenhum momento, no modelo proposto pela Reitoria, se incentiva o debate intercampi. Além disso, após as sugestões serem elaboradas pelas pessoas, pelos campi, quem irá fazer a convergência das sugestões, o filtro, será uma pessoa. Pelo menos é o que consta no cronograma proposto pela Reitoria.
Comunicação – Uma pessoa, não é uma comissão?
Jefferson – O secretário do Conselho Superior vai pegar aquilo que é convergente e divergente. Todo o trabalho estará nas mãos de uma pessoa e ela que vai apresentar as sugestões ao Conselho Superior. Não há uma volta para o debate da comunidade. O que garante que a minha sugestão foi aceita ou aprimorada? Nós entendemos que muitas questões têm similaridades e se estivéssemos numa assembléia ou reunião conjunta, questões similares poderiam ser debatidas e apresentadas numa única, muito melhor que a soma individual delas. O debate não está sendo estimulado, infelizmente.
Comunicação - Na recente reunião convocada pela direção do Campus Campos Centro para discutir o assunto, falou-se que em outros campi servidores não tinham uma ideia precisa do que estava acontecendo. Há risco de o Regimento Geral ser aprovado com pequena parcela de participação?
Jefferson – Se nós não tivéssemos fazendo esse movimento de envolvimento de outros campi correríamos esse risco. Porém, a percepção nossa é de que as comunidades estão se mobilizando, os alunos estão se mobilizando e esperamos que nesta terça-feira, na reunião com a Reitoria, tenhamos uma presença grande das pessoas. Para isso pedimos que os técnicos administrativos, professores, os estudantes compareçam ao Cristina Bastos porque é um momento impar para mostrar à Reitoria que nossos campi, em especial este campus, solicitam um outro modelo e mais tempo para o debate.
Comunicação - Na hipótese de no futuro as pessoas entenderam que ganhamos um Regimento Geral que não agrada é possível fazer uma revisão?
Jefferson – Possível é. Mas é muito mais difícil. Por isso é importante que antes da aprovação da primeira versão do regimento haja atenção. É muito mais fácil mudar aquilo que ainda não está estabelecido, que está em processo de construção do que, uma vez aprovado pelo Conselho Superior, reverter. Muitas vezes quando aprovamos um texto, a partir dele muitas decisões são tomadas. Lá na frente ele se fortalece muito. A mobilização teria de ser ainda maior para mexer.
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